Ecos da Lusitania

A Escola Augusta de Mérida (cidade Patrimônio da Humanidade) está de parabens: o professor Juan Luis (professor 2.0) e a sua turma de alunos e alunas dos níveis Inicial e Intermedio realizaram uma curtametragem no seu maravilhoso Teatro romano. Fantástico, não é?

Então, falamos ou não falamos português em Badajoz?

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Português e saúde

Vejam só a quantidade de experiências interessantes que podemos encontrar no sítio do Escolovar. Nesta ocasião, vamos ver como trabalham o tema da alimentação. Como nas aulas de português como língua não materna não há tempo para tratar este tema, podemos centrar-nos nesta peça de teatro para practicar a expressão oral enquando se practicam hábitos saudáveis. Depois pode-se organizar uma representação teatral para toda a escola.

 

Teatro de fantoches (ou ao vivo)

{Alimentação}

 

Página principal da Alimentação

 

Veja tb.

“A canção dos dentes”

(Aparece o rebuçado)

REBUÇADO

– Olá! Já viram quem eu sou?… Não?… Eu sou um rebuçado e todos os meninos gostam de mim. Pudera … sou tão docinho! …

(aparece o dente a gemer)

REBUÇADO

– Olha, olha … O que é que tu tens, dentinho?

DENTE

– Deixa-me! É por tua culpa que estou assim. Andava sempre a trincar rebuçados … . Ai! E agora estou doente. Desaparece da minha vista porque não posso ver rebuçados quando estou com dor de dentes.

REBUÇADO

– Essa é boa! Por minha culpa?! Mas eu sou um rebuçado… sou muito docinho … e não faço mal a ninguém.

 

(aparece o chocolate)

CHOCOLATE

– Olá, amigo rebuçado! Olá, amigo dente … tens ar de estar doente.

REBUÇADO

– O que eu acho é que a culpa deve ser dos chocolates que comeste!

CHOCOLATE

– De que é que eu tenho a culpa?

REBUÇADO

– Da doença do amigo dente. Toda a gente sabe que os chocolates fazem mal aos dentes.

CHOCOLATE

– Ora essa ! Eu até me derreto na boca dos meninos. Os rebuçados é que fazem mal aos dentes.

– São mas é os chocolates!

– Os rebuçados!

– Os chocolates

(brigam algum tempo e o dente continua a gemer)

( Uma maçã espreita e aparece)

MAÇÃ

– Eu acho que a culpa é dos dois. Pobre dentinho! Se tivesses comido mais maçãs em vez de rebuçados e chocolates … Baaaaah!!!

CHOCOLATE

– Ora, ora, o que tu querias era ser tão doce como nós e não ter tanto caroço lá por dentro.

MAÇÃ

– E tu … o que querias era ser tão vermelhinho como eu.

REBUÇADO

– Calem-se e reparem quem vem ali.

(aparece o dentista)

DENTISTA

– Bom-dia, meus meninos e minhas meninas.

(espera por as crianças o cumprimentarem também e … se for caso disso … manda-as falar mais alto)

– Ora vejam lá se são capazes de adivinhar quem eu sou?! … Uso bata branca … trabalho com uma cadeira que sobe e desce … e tiro as dores de dentes aos meninos …

Conseguem adivinhar ???

(espera um pouco pela resposta)

DENTISTA

– Pois é,eu sou o vosso amigo dentista.

(o dente começa novamente a gemer e o dentista aproxima-se dele e examina-o)

– Ora aqui está quem precisa da minha ajuda.

REBUÇADO

– Mas antes, sr. dentista, diga-nos lá quem tem razão: qual de nós é o culpado da doença do amigo dente?

DENTISTA

– Bem … comer muitos rebuçados e chocolates faz mal aos dentes. Por isso vocês os dois têm culpas.

MAÇÃ

– E eu? E eu?

DENTISTA

– Ah! Tu és uma grande amiga dos dentes. Só lhes fazes bem. Agora … se o nosso amigo dente não andasse esquecido da escova dos dentes… e se lavasse os dentes depois das refeições… mesmo depois de comer maçãs… agora não estava doente.

(vira-se para o dente )

– Anda cá que eu vou-te tratar. (puxa de um instrumento)

DENTE

– Ai! Ai! Tenho medo!

DENTISTA

– Então, então … não te sentes mal? Não estás com dores? Queres ou não ficar bom? Vais ver que não custa nada … só te quero tratar.

( trata o dente )

Pronto! Então, estás melhor?

DENTE

– Ah! Muito melhor! Obrigado!

DENTISTA

– Bem … mas agora muitas maçãs, poucos rebuçados e chocolates e … (tira do bolso uma escova de dentes) … e a escova de dentes … se não, voltas a ficar doente.

DENTE

– Mas, afinal, os dentistas são nossos amigos!

DENTISTA

– Pois é! (abraçam-se a rir).

António Nóvoa e alunos do Magistério Primário de Aveiro – 1977